13 Março 2019
Em 1781, o Sistema Solar “ganhou” mais um membro: William Herschel descobriu Úrano. Foi a primeira descoberta deste género realizada com o telescópio – os outros planetas eram conhecidos desde há muito, já que são visíveis à vista desarmada. Na realidade, Úrano já tinha sido avistado, mas nunca identificado como um planeta. Quanto a outras descobertas de “planetas” com telescópios… Plutão, sim, mas também Ceres e outros asteróides.
Em 1855 nasceu Percival Lowell. Filho de uma família abastada de Boston, teve uma carreira na diplomacia no Oriente antes de se apaixonar pela astronomia, e por Marte em particular. Convencido da realidade dos “canais” avistados por Schiaparelli, resolveu edificar um observatório para melhor explorar o planeta Vermelho. O Lowell Observatory situa-se em Flagstaff. Lá está o mausoléu do fundador, bem como o seu telescópio, anotações e livros. E foi lá que, em 1930, Clyde Tombaugh descobriu Plutão.
Em 1961, na URSS, ainda se discutem as condições do primeiro voo espacial tripulado – há quem o queira manter em segredo até se dar o regresso do cosmonauta à Terra. Três anos depois, é aprovada a passagem da Vostok, de um tripulante, para a Voskhod, que teria lugar para três cosmonautas. E em 1968, os planos lunares são estabelecidos – o problema é que as máquinas necessárias necessárias ainda estão por construir ou testar. Ainda assim, é decidido dar início ao treino dos cosmonautas.
Em 1969 chegou ao fim a missão Apollo 9. Ao fim de 10 dias em órbita e inúmeros testes, todos os componentes – incluindo o módulo lunar, a voar no espaço pela primeira vez – tinham cumprido o seu papel, e assim o programa dava mais um passo importante para a tentativa de alcançar a Lua, que se aproximava rapidamente. A tripulação era composta por McDivitt, Scott e Schweickart, e a cápsula amarou no Atlântico.
Em 1982 morreu Nikolai Kamanin, o antigo chefe dos cosmonautas soviéticos, que sempre se tinha batido pela importância dos tripulantes, contra o uso de sistemas automáticos preferidos por outros. Considerava mesmo que esse factor tinha sido decisivo na derrota sofrida pela URSS na corrida à Lua.
Em 1986, a sonda europeia Giotto fazia a sua maior aproximação ao cometa Halley – a menos de 600 km do núcleo! Apesar de sofrer vários impactos de partículas cometárias, a sonda sobreviveu (com danos) e recolheu dados nunca antes obtidos sobre um núcleo de cometa.
No mesmo dia, a URSS lançou a Soyuz T-15. Kizim e Solovyov, os tripulantes, tornaram-se os primeiros e únicos cosmonautas a viajar entre duas estações orbitais. Depois de acoplarem com a Mir, deslocaram-se (na cápsula) até à Salyut 7, já abandonada, de onde recuperaram material importante, antes de regressar à Mir e depois voltar para a Terra.
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