A mais nova e minúscula lua de Neptuno é provavelmente um fragmento de uma lua maior
A mais nova e minúscula lua de Neptuno é provavelmente um velho fragmento de uma lua muito maior numa órbita invulgarmente próxima.
Na revista Nature de quarta-feira, astrónomos da Califórnia esclarecem dúvidas sobre a lua Hipocampo, com 34 quilómetros de diâmetro, cujo nome é uma homenagem ao mitológico cavalo marinho.
Mark Showalter, do Instituto SETI, descobriu a 14ª lua de Neptuno em 2013, usando imagens do Telescópio Espacial Hubble. Showalter e a sua equipa de investigação argumentam que Hipocampo foi formada a partir de detritos criados há milhares de milhões de anos, quando um cometa chocou com Proteu, a maior das luas interiores de Neptuno. As duas luas orbitam a apenas 12000 quilómetros de distância e estariam provavelmente ainda mais próximas no passado, antes de Proteu se afastar.
Segundo Showalter, há muito que os cientistas acreditam que as luas interiores de Neptuno foram repetidamente separadas por colisões com cometas. “A descoberta de Hipocampo orbitando tão perto da lua Proteu, muito maior, dá-nos uma imagem particularmente dramática da história do maltratado sistema de Neptuno,” disse ele.
Embora os investigadores tenham referido que não podem descartar a possibilidade de Hipocampo não ter qualquer relação com Proteu, o “tamanho minúsculo e a localização peculiar” da lua sustentam a teoria de formação por eles proposta.
Descoberta pela sonda Voyager 2 da NASA em 1989, Proteu, escura e de formato irregular é a segunda maior lua de Neptuno, medindo cerca de 400 quilómetros de diâmetro. A maior é Tritão.
A Voyager 2 transmitiu imagens de uma enorme cratera de impacto em Proteu. Graças ao Hubble, “agora sabemos que um pequeno pedaço de Proteu foi deixado para trás e hoje vemo-lo como Hipocampo,” disse Showalter num comunicado.
Com duas luas tão próximas uma da outra, seria normal que uma grande como Proteu atirasse para fora de órbita ou engolisse outra pequena como Hipocampo.
Showalter tem procurado outras pequenas luas em torno de Neptuno, usando observações do Hubble. Segundo ele, não ficaria surpreendido se houvesse mais, mas notou que será necessária uma sonda em órbita do planeta para as encontrar.
O Instituto SETI, que procura explorar e compreender a vida no Universo, está localizado em Mountain View, na Califórnia.
Fonte da notícia: Phys.org
Leave a Reply