24 Outubro 2018
Noite de Lua Cheia, para alguns a Lua dos Caçadores, já que nesta altura os animais estão bem gordos, em preparação para o Inverno próximo. Outros povos do hemisfério norte chamam-lhe a Lua de Gelo ou a Lua das Migrações; no hemisfério sul é tida como um anúncio da chegada de tempos mais quentes.
Hoje, a Mars Odyssey completa 17 anos em órbita de Marte. Uma sonda que sempre passou meio despercebida, mas que fez importantes descobertas (nomeadamente as que levaram à produção daquele importante mapa que mostrava a distribuição sub-superficial de hidrogénio (água gelada) em Marte), e que continua a recolher dados. É a mais longa missão activa em órbita de outro planeta.
Previstos para hoje estão, de acordo com algumas fontes, dois lançamentos. Um russo, para colocar em órbita um satélite parte de uma constelação de espionagem electrónica. E outro chinês, com um satélite de estudo dos oceanos, o Hayang 2B.
Em 1944, na Alemanha nazi terminava a construção de cinco protótipos da A4b. Era basicamente uma V2 com asas, primeiro pensada como parte de um míssil intercontinental, para alcançar os EUA; nesta altura, a preocupação era aumentar o alcance das V2 para poderem continuar a chegar a Londres quando as forças aliadas obrigassem a recuar as plataformas de lançamento.
Dois anos depois, uma V2 lançada de White Sands, nos EUA, obteve as primeiras imagens da Terra a partir do espaço. No regresso ao solo a câmara foi esmagada, mas o filme estava bem protegido, e foi recuperado, mostrando pela primeira vez o nosso planeta visto de longe (acima dos 100 km de altitude).
Em 1960, na URSS, a primeira tentatviva de lançar o míssil R16 resultou numa tremenda explosão que matou mais de uma centena de técnicos, engenheiros e militares – uma enorme perda para a comunidade espacial soviética. Em 1963, outra explosão em Baikonur matou outros sete técnicos, ajudando a criar a ideia de um Dia Negro na base de lançamentos.
Nos EUA, em 1962, debatia-se ainda qual o melhor formato para as futuras missões lunares, com a opção de voos directos com dois tripulantes a perder terreno de forma clara. Na mesma data a URSS lançava uma missão a Marte – mas outra explosão desfez a sonda em inúmeros pedaços, o que provocou alarme nos EUA – estávamos em plena crise dos mísseis em Cuba.
Em 1968, o Saturno V pronto para enviar a Apollo 8 para circum-navegar a Lua, já instalado na rampa de lançamento, foi atingido por um raio – o que levou a uma longa lista de testes a refazer. Nesse mesmo dia teve lugar o ultimo voo do X15, um avião-foguete experimental. Trinta anos depois, os EUA lançaram a Deep Space 1, a primeira experiência com propulsão iónica; a sonda visitou um asteróide e um cometa, e está em órbita solar, mas inactiva há já muitos anos.
A China lançou em 2007 a Chang’e 1, primeira missão lunar do país, que no entanto passaria uma semana em órbita terrestre antes de ser dirigida para o satélite natural da Terra.
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