Dado o movimento vertical observável e a temperatura da superfície, a rede neural é capaz de inferir o movimento horizontal. Crédito: NAOJ.

O estudo do Sol apresenta muitos desafios. Embora seja relativamente fácil observar a sua temperatura e o movimento do plasma a subir e a descer na superfície solar, é bem mais difícil observar como se move o plasma de um lado para o outro, ou seja, na horizontal.

O plasma solar é gás extremamente quente que flui para cima e para baixo na superfície do Sol. É tão quente que os átomos se decompõem em partes ainda mais pequenas, como eletrões e iões!

Um grupo de cientistas do Observatório Astronómico Nacional do Japão e do Instituto Nacional da Ciência de Fusão (NIFS), também no Japão, criou um modelo de rede neural – um programa de computador que funciona de uma forma muito semelhante ao nosso cérebro – para determinar o movimento horizontal oculto do plasma solar. O grupo “treinou” o cérebro artificial com dados, simulando o movimento do plasma.

Alimentando o modelo com informações sobre a temperatura e o movimento vertical do plasma solar, o programa conseguiu mostrar como se moveria este plasma horizontalmente. Foi uma descoberta formidável.

Com estas informações, os cientistas poderão não apenas estudar melhor o Sol, mas também perceber melhor como, por exemplo, se movem os fluidos e se fundem os átomos. Não é incrível?

Facto Curioso:

O Sol é importante para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável relativo à Energia Limpa e Acessível, tanto como fonte de energia solar como por constituir um exemplo natural da energia de fusão.

 

Este Space Scoop tem por base um Comunicado de Imprensa NAOJ.

 

Tradução: Teresa Direitinho

Space Scoop original (em inglês)

Versão portuguesa no Space Scoop

 

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