Qual é o horizonte temporal mais realista para chegar a Marte? Uns anos? A próxima década? Mais tarde? Depende de quem tem que responder à pergunta. Um entusiasta da Space X dirá que são só uns anos – sem se preocupar com todos os problemas que existem ainda, para lá da simples capacidade de enviar uma nave tripulada para o planeta vermelho. Os defensores do papel das agências espaciais tradicionais serão mais cautelosos, sem tomar em conta o entusiasmo e os avanços rápidos das companhias privadas. O que parece claro, hoje em dia, é que o regresso à Lua acontecerá daqui a poucos anos; e que existem ainda muitas questões a resolver antes que a Humanidade avance para Marte – entre elas, a vontade política e o investimento financeiro.

Noutra frente, nascem preocupações com o futuro do Sistema Solar… Cálculos recentes apontam para um relativamente rápido esgotamento dos recursos extra-terrestres assim que a actividade extractiva no espaço se torne comum. No quadro do sistema de crescimento contínuo, tal não é de facto difícil de antever. A questão é: se a Humanidade se tornar uma espécie multi-planetária, será capaz de alterar o esquema mental prevalecente da busca do lucro acima de tudo? Boa pergunta. É que mesmo que muitos escolham outra via, os gananciosos nunca deixarão de perseguir as suas ambições, e de encontrar quem ache que é esse o caminho certo…

1978: Partiu a caminho de Vénus a sonda americana Pioneer-Venus; esteve em funções em órbita do planeta até 1992, obtendo dados sobre a atmosfera e a superfície. O fim da missão chegou com um mergulho na densa atmosfera de Vénus.

2010: Foi lançada a sonda Akatsuki da JAXA, que cumpre hoje o nono aniversário no espaço. Está em órbita de Vénus,  a estudar a atmosfera do planeta. A primeira tentativa de colocar a sonda em órbita ocorreu como planeado em 2010, mas correu mal, e a sonda passou cinco anos em órbita do Sol até que foi realizada nova tentativa em 2015, desta vez com sucesso.

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