Foi há um ano que nasceu esta rubrica. Neste período houve interrupções (uma delas bem longa…), mudanças, erros, comentários (poucos). Algumas vezes o texto saiu com gralhas. É a vida, pois então.

Vida complicada, como é habitual no negócio dos lançamentos: o do Electron da Rocket Lab foi adiado, Segundo alguns para amanhã, segundo outros para dia 16. Veremos.

Vida animada por uma chuva de meteoros… Esta noite marca o pico de actividade das Geminídeas. Quando se vê uma coisa destas anunciada no jornal, é de desconfiar – e, de facto, não vale a pena andar com o nariz no ar se o tempo estiver nublado, se se viver na cidade, se não se tiver um horizonte escuro e desimpedido. Mas para quem quiser dar-se ao trabalho de procurar as melhores condições, boa sorte e boas observações. Ou então, podemos todos ficar com a sequência de desenhos da Google para hoje.

Vida animada também na ISS, ontem: uma longa EVA realizada por dois cosmonautas para verificar o buraco de origem desconhecida que afecta a cápsula Soyuz MS-09, que trará de volta à Terra parte da corrente tripulação daqui a uma semana. Foram recolhidas amostras (a custo), que se pensa poderem vir a dar pistas sobre a origem deste misterioso buraco. Que não deve pôr em risco as vidas dos passageiros no regresso ao solo.

Vida, eis o que perdeu o macaco Gordo, lançado em 1958 num voo americano que atingiu os 500 km de altitude antes de mergulhar no Atlântico – mergulhar mesmo, já que o sistema de flutuação do cone do missíl não funcionou… Ainda assim, o voo foi considerado um sucesso, pela recolha de dados que permitiu.

Em 1963, foi anunciado o fim da vida do programa Ranger de reconhecimento da superfície lunar. Foram cancelados cinco voos, para poupar uns milhões. E havia ainda quatro para voar, além dos Orbiter e Surveyor.

A vida da InSIGHT em Marte corre bem, e isso foi comprovado por uma verdadeira selfie, que mostra o corpo da sonda na sua posição na superfície. Como se sabe, a  InSIGHT aterrou numa cova (‘hollow’), uma antiga cratera repleta de sediment fino. O que parece abrir boas perspectivas para a escavação da ‘toupeira’ – pelo menos até atingir a rocha que deverá estar sob a areia.

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