29 Outubro 2018
Há oitenta anos, os marcianos atacavam! Ou seja, Orson Welles produzia e narrava uma adaptação radiofónica da Guerra dos Mundos de Wells, que provocava o pânico nalgumas regiões da costa leste Americana em torno de New York e New Jersey – apesar dos repetidos avisos de que se tratava de uma peça de ficção.
Sessenta anos depois, em 1998, o shuttle Discovery era lançado na sua 25ª viagem. A bordo levava um homem que regressava ao espaço ao fim de 36 anos, o então senador John Glenn, com 77 anos. Um dos membros do primeiro grupo de astronautas americanos do projecto Mercury, Glenn tornou-se assim o mais velho ser humano a viajar até ao espaço. A bordo seguiu também Pedro Duque, o primeiro astronauta espanhol. E pela primeira vez, um presidente americano (Clinton) foi assistir ao vivo ao lançamento de um space shuttle.
Hoje é dia de lançamentos. Na China, será colocado em órbita um satélite de observação oceanográfica, uma cooperação sino-francesa. A partir do Japão, partem para órbita um satélite para monitorizar os gases de estufa na atmosfera terrestre, e o KhalifaSat, satélite construído no Dubai para os Emiratos Árabes Unidos, que se dedicará à observação do globo.
No espaço, Hubble e Chandra, telescópios espaciais, estão de volta à acção, depois de ambos terem enfrentado problemas com os respectivos giroscópios. Em Marte, o Opportunity não dá sinais de vida, e as suas oportunidades de sobrevivência diminuem.
Em 1988, a primeira tentativa de lançamento do shuttle soviético Buran, não tripulado, é suspensa pouco tempo 51 segundos antes da ignição devido a problemas de software.
Em 1991, a sonda Galileo, a caminho de Júpiter, sobrevoou o asteróide Gaspra. Foi a primeira vez que um asteróide foi visitado de perto por uma sonda – esta passou a cerca de 1600 km de distância, e obteve 57 imagens deste objecto, com um diâmetro médio de 12 km (embora longe de possuir uma forma esférica).
E agora, um aviso para quem gosta de meteoritos: foi recentemente vendido em leilão um dos “mais importantes meteoritos lunares disponíveis no mercado” (nas palavras da casa leiloeira). Bom, sendo curto e grosso: não era. Nem para os especialistas, nem sequer para o seu anterior proprietário. “Apenas” um meteorite lunar sem nada de especial (à parte ser um pedaço da Lua, claro!). Seja como for, digamos que o marketing foi um tanto ou quanto exagerado (até à mentira descarada) – o que não é nada de novo neste campo.
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