20 Julho 2019
Num dia dominado pelo 50º aniversário da chegada de seres humanos à superfície lunar, outros eventos merecem também ser falados…
Na Rússia, será lançada uma nova tripulação a caminho da ISS. Um russo, um italiano e um americano compõem a equipagem da Soyuz MS-13. O lançamento, que deverá ocorrer a meio da tarde, poderá ser visto em directo na NASA TV.
1976: O módulo de superfície da Viking 1 aterra em Marte (vamos esquecer o “amarta”, que não faz sentido). Foi a primeira sonda a funcionar na superfície do planeta vermelho (os soviéticos tinham-na alcançado primeiro, mas sem que conseguissem obter qualquer informação). A descida tinha estado prevista para o dia 4, mas fora adiada por ainda não ter sido identificado um local adequado.
1999: Foi recuperada do fundo do Oceano Atlântico a cápsula Liberty Bell 7, na qual Gus Grissom cumpriu a segunda missão espacial americana (um voo suborbital, tal como a primeira), em 1961. Depois de amarar, e por razões pouco claras, a escotilha da cápsula abriu-se, e a água entrou. O astronauta acabou na água, e a cápsula, muito mais pesada do que o normal, acabou por se afundar.
Voltemos então a 1969…
Depois de descansarem, Neil Armstorng e Edwin Aldrin mudaram-se para o módulo lunar, no qual conduziram os necessários testes e preparativos, ao longo de algumas horas. Às 17.44 (TMG) o módulo lunar separou-se do módulo de comando e serviço, e pouco depois (pelas 19.08) deu início às manobras que o levaram a dirigir-se para a superfície lunar. A descida teve os seus percalços, com alarmes a soarem, e as decisões de Neil Armstrong sobre o local de pouso a quase esgotarem o combustível disponível para as manobras; contudo, pelas 20.17.39, o módulo lunar estava na superfície. Foi decidido que os astronautas cumpririam a sua excursão lunar antes de descansarem, pelo que os preparativos para tal começaram pouco depois. A escotilha foi aberta pelas 02.39… ou seja, já no dia 21 de Julho para a Europa, mas ainda dia 20 nos EUA. Pelas 02.56.15, Neil Armstrong profere a sua frase histórica (que fica gravada de forma incorrecta) e coloca pela primeira vez o pé sobre a poeira da Lua. Pelas 3.05, depois de observar e comentar o que via, Armstrong procede à recolha de amostras “de contingência” – para garantir que, em caso de emergência, haveria alguns fragmentos lunares trazidos de volta à Terra. Às 3.15, Aldrin junta-se ao comandante na paisagem lunar. Pelas 3.24, Armstrong revela a placa instalada num dos suportes do módulo lunar. Às 3.41, a bandeira americana é cravada no solo. Pouco depois, o presidente americano Nixon fala brevemente com os astronautas. Estes executam depois várias experiências e observações, colocam no terreno os instrumentos planeados (análise do vento solar, sismómetro, reflector laser), e recolhem mais amostras rochosas. Às 5.01, Aldrin regressa ao interior do módulo lunar, e oito minutos depois Armstrong segue-o. Os astronautas ficam ainda várias horas na superfície, e só na tarde do dia 21 partem da Lua. Estava cumprida a primeira visita humana a outro corpo celeste.
Na Terra, continuavam a guerra, a fome, a pobreza. Tal como hoje. E alguns declaravam que tudo aquilo a que tinham assistido não passava de uma fraude. Nalguns, como a minha velha tia-avó, nascida no século 19, era uma posição perfeitamente compreensível. Noutros, os mesmos que hoje usam alegremente telemóveis e outros gadgets, é apenas um sinal de estupidez.
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