27 Abril 2019
Continua a não se saber grande coisa sobre a “anomalia” que afectou o teste da cápsula Dragon Crew no passado fim-de-semana. Alguns falam em explosão, outros em danos graves. Felizmente, só na Rússia e na China é que estas coisas são segredo… Uma coisa é certa: haverá atrasos na continuação do programa.
A ESA tenta manter a data de lançamento do rover ExoMars, previsto para o ano. A missão, a realizar em colaboração com a Roscosmos russa, deverá incluir uma estação de superfície, e ser lançada em Julho do próximo ano. Um novo adiamento provocaria algumas questões, sem dúvida. Nem vale a pena fazer o historial de alterações, adiamentos e cancelamentos associados à designação ExoMars.
Entretanto, a colaboração espacial euro-russa poderá estender-se a várias missões lunares, neste caso lideradas pela Rússia, que tem planos para várias missões incluindo recolha de amostras e colocação de um rover na superfície (um regresso, ao fim de várias décadas…)
Coisa que a China já fez também. Ao que parece, os planos chineses incluem estabelecer uma base no pólo sul da Lua num período de dez anos, além de uma nova estação orbital, missões a Marte e asteróides. A China tem o segundo maior orçamento para o espaço, e parece começar a abrir-se a colaborações internacionais, o que até agora tem sido raro.
1958: A URSS regista um falhanço no lançamento do Sputnik 3, um satélite equipado para estudar a magnetosfera terrestre. E que, na realidade, devia ter sido o primeiro satélite soviético. Poucos dias depois, um segundo exemplar foi lançado com sucesso. Entretanto, as cinturas de van Allen já tinham sido descobertas pelo satélite americano Explorer 1.
1959: Os sete pilotos seleccionados para o corpo de astronautas americano apresentam-se ao serviço para o primeiro dia nas suas novas carreiras. Esperava-os uma agenda preenchida com aulas sobre todos os aspectos do programa e da cápsula Mercury, além de voos de treino e intensa preparação física.
1966: Na URSS, os cosmonautas realizam uma visita de inspecção a um modelo da cápsula L1, que os deverá conduzir à Lua… e não gostam do que vêem. A segurança do veículo não os convence, e há problemas com a concepção de base. Não parece possível que daí a ano e meio estejam a circum-navegar a Lua naquela cápsula. E de facto não estiveram…
1971: James Fletcher torna-se administrador da NASA. Uma das suas preocupações é fazer avançar o programa do Space Shuttle, e para isso torna-se necessário envolver a Força Aérea no porjecto e ceder nalgumas das exigências feitas pelos militares.
1972: A Apollo 16, penúltima missão lunar, regressa à Terra. A cápsula amara no Pacífico. A tripulação (Charles Duke e John Young) esteve na Lua durante mais de 71 horas (quase três dias) e recorreu ao rover lunar para percorrer quase 27 km na superfície lunar e recolher perto de 100 quilos de amostras rochosas, antes de se ir reunir a Mattingly, que ficara em órbita no módulo de comando e serviço.
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