6 Dezembro 2018
Voltamos a ter um daqueles dias em que nada parece acontecer.
Há cinco anos, a sonda chinesa Chang’e 3 entrava em órbita lunar, enquanto preparava a aterragem – que foi a primeira chegada à superfície do nosso satélite desde 1976! Entretanto, amanhã será lançada a Chang’e 4, que tentará aterrar no lado distante da Lua (e que vai comunicar com a Terra graças ao Queqiao, um satélite colocado num ponto estratégico para fazer de retransmissor para essas mensagens).
Em 2015, foi a sonda japonesa Akatsuki que entrou em órbita de Vénus, depois de uma longa viagem, em que chegou a pensar-se que nunca chegaria ao seu alvo. A sonda estuda a atmosfera venusiana.
Mais atrás, chegamos a 1957. A Força Aérea americana preconiza uma resposta rápida e forte ao Sputnik soviético, incluindo a colocação de homens na Lua. Precisamente no dia em que os EUA tentam enviar para o espaço um primeiro satélite, o Vanguard 1A. O lançamento passa em directo na televisão… e o foguetão, ao fim de 2 segundos, perde impulse, cai e explode.
Um ano depois, os EUA tentam enviar a Pioneer 3 para a proximidade da Lua. E falham. A sonda regressa à Terra no dia seguinte, depois de recolher dados sobre a radiação em redor da Terra.
Poucos anos depois, em 1965, na URSS, há responsáveis que percebem que os americanos estão a tomar a dianteira na corrida espacial, e que reflectem na falta de apoio e decisão que poderiam manter um ritmo de voos tripulados soviéticos capaz de levar a um triunfo lunar. Sim, na URSS, apesar da direcção centralizada, havia rivalidades, opiniões, influências, gabinetes com diferentes planos – e as que triunfaram não foram as mais capazes.
Voltando ao presente, se alguém for a Washington e quiser visitar o National Air and Space Museum, fique a saber que a galeria “Apollo to the Moon”, onde eram expostos inúmeros artefactos da corrida à Lua, fechou – e não vai reabrir, pelo menos nesse formato. O Museu vai sofrer obras, e só daqui a uns anos (em 2022) abrirá a nova galeria “Destination Moon”.
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