7 Novembro 2018
Hoje é dia de Lua Nova. Acontece por volta das 16.00. Não vale a pena andar à procura dela no céu, apesar de ela estar lá – mas demasiado próxima do Sol (e sem iluminação no lado virado para a Terra) para ser avistada. Não ocorre um eclipse porque a órbita da Lua não está exactamente no mesmo plano do da Terra, por isso o satélite não passa em frente da estrela.
Muitas vezes seria agradável que a teleportação ao jeito do Star Trek (ou do conto “Travel by Wire!” de Arthur Clarke, publicado em 1937) funcionasse. Dessa forma, poderíamos ir hoje até Tucson, no Arizona. A razão? Uma palestra de Erik Asphaug, em que se falará da origem da Lua. De como a ideia de um impacto gigantesco na proto-Terra surgiu e se impôs, mas também das muitas dúvidas que ainda persistem e das hipóteses que se levantam sobre as características desse tal impacto.
Claro que poderíamos aproveitar a deslocação rápida para dar um pulo à Florida, onde é possível que seja finalmente lançado o ICON, um satélite de exploração da ionosfera terrestre. Este lançamento já foi adiado várias vezes, e tem despertado muito interesse – mas a causa é a forma que vai assumir, através do Pegasus XL, um foguetão que é lançado a partir de um avião. Não é uma estreia, mas têm surgido problemas que levaram a este adiamento.
E, com o adequado suporte de vida, talvez pudéssemos ir verificar se o Oumuamua é realmente um objecto natural ou uma sofisticada sonda extraterrestre, como foi sugerido num recente artigo. Que tem recebido respostas da comunidade científica, que acha a ideia um bocadinho (vá lá, muito) bizarra. A verdade é que não sabemos; o objecto afasta-se do Sol e torna-se cada vez mais difícil de estudar. Restam-nos os poucos dados recolhidos e a especulação.
Entretanto, a China revelou planos para uma nova Tiangong, ou seja, uma estação orbital. De acordo com os prazos actuais, a ISS deixará de server em 2024, e nessa altura a China será a dona da única estação em órbita – embora mais pequena que a ISS. O país anunciou que abrirá as portas à comunidade internacional.
Em 1996 foi lançada a Mars Global Surveyor, a extraordinária sonda de que falámos há poucos dias, e que nos mostrou Marte de novas formas. Em 1967, neste mesmo dia, tinha sido lançada a Surveyor 6, uma das sondas automáticas que aterraram na Lua antes das missões tripuladas. Esta sonda elevou-se da superfície lunar para voltar a aterrar a alguns metros de distância – uma estreia.
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