15 Junho 2018
Um único asteróide da Cintura Prinicipal cabe na nossa lista para hoje: é o 6600 Qwerty, descoberto em 1988 e que se encontra hoje a 1.518 UA da Terra; o nome… bem, se tem um teclado à sua frente, olhe para a primeira fila de letras… pois, é isso mesmo – desde 1874 que se faziam máquinas de escrever (para quem ainda sabe o que isso era) com este sistema.
Mas temos dois Apollo e um Atena a passar aqui pelas redondezas – um deles passa a 0.002 UA, ou 349000 km… mais perto do que a Lua.
Na Rússia podem ocorrer dois lançamentos, um de um Soyuz, a partir de Plesetsk, com mais um componente do sistema Glonass (o GPS russo). Diz-nos uma fonte habitual que, a partir do mesmo cosmódromo de Plesetsk, também poderá ser lançado um Rockot (basicamente, um míssil com mais um propulsor no cimo) com um satélite dedicado à geodesia de precisão – que permite estudar a tectónica de placas e o campo gravítico da Terra, sendo que esta última possibilidade tem aplicações militares. O satélite pertence ao Ministério da Defesa russo…
Em Marte… bom, há uma enorme tempestade de poeira a decorrer. Não é nada de inesperado, é um evento regular – mas ameaça pôr um fim à epopeia do Opportunity, o rover que chegou ao planeta vermelho em 2004 e que tem continuado a avançar pela paisagem marciana. Toda a poeira que a tempestade levanta (e deposita) pode tornar impossível a recolha de suficiente energia através dos painéis solares… o rover não comunica com a Terra há já vários dias. É verdade que ele já sobreviveu a eventos semelhantes no passado. A escuridão que envolve a paisagem é acompanhada por um ligeiro aumento da temperatura ambiente, o que lhe favorece a sobrevivência. Mas pode ter chegado o momento de lhe dizer adeus. Esperemos por mais notícias.
Quanto ao outro rover, o Curiosity, graças à sua pilha nuclear, não tem que temer as tempestades de poeira – pelo menos no que diz respeito à energia.
Em 1938, neste dia, von Braun é dispensado da Luftwaffe; mesmo a tempo, a II Guerra Mundial já espreita. Trinta e nove anos mais tarde, em 1977, e já nos EUA há décadas (e naturalizado americano desde 1955), von Braun parte para sempre. Uma vida de altos e baixos, com tempos de dúbia colaboração com um regime assassino, mas também com a glória de ter liderado a conquista da Lua.
Entretanto, em 1958, nos EUA, os planos continuam a ser de enviar um homem para o espaço em Abril de 1960, no cimo do que era apenas um míssil, talvez com outro a servir de segundo andar. Em 1960, o que acontecia eram testes estáticos dos motores do Saturn C-1, primeira versão do foguetão que enviaria o homem até à Lua, nove anos depois. No mesmo dia, a URSS enviava um foguetão para o espaço, com cães a bordo (não se sabe bem o que lhes aconteceu).
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