14 Junho 2018
Eis que surge mais um bando de asteróides… hoje vamos por temas. O geográfico: temos o 3720 Hokkaido, descoberto no Japão em 1987, que hoje está a 1.092 UA da Terra, e que tem o nome da segunda maior ilha do arquipélago japonês, a do norte; e o 8277 Machu-Picchu, encontrado em 1991 no ESO, hoje a 1.418 UA de nós, que lembra a antiga cidade inca no pico de uma montanha. O da ciência: o 4987 Flamsteed leva o nome do primeiro astrónomo real inglês do fim do século XVII; foi descoberto em 1980, e está hoje a 1.147 UA da Terra ; e o 7220 Philnicholson, baptizado em honra de um astrónomo contemporâneo, que é o editor actual da Icarus, uma revista científica dedicada à ciência planetária, que foi encontrado em 1981 e está a 1.536 do nosso planeta. E da tecnologia: o 4808 Ballaero relembra uma companhia que desenvolveu instrumentos para várias missões e telescópios espaciais (é a Ball Aerospace, donde o nome…) – é uma designação qie surgu tardiamente, já que o asteróide em causa foi descoberto em 1925; está hoje a 2.094 UA da Terra. E ainda a mitologia, representada pelo 3361 Orpheus, poeta e cantor, filho de uma musa; trata-se de um asteróide do grupo Apollo que é considerado uma potencial ameaça à Terra, já que a sua órbita cruza a do planeta – hoje passa a 0.45 UA; foi descoberto em 1982, e já foi apontado como alvo para uma missão espacial, já que a sua trajectória é bem conhecida.
Há ainda outro Apollo, este sem nome, que passa muito mais perto, a 0.004 UA da Terra.
E passam 50 anos sobre a primeira observação de um asteróide com radar; foi o 1566 Icarus, também ele um Apollo potencialmente perigoso.
Hoje está prevista uma EVA na ISS, feita por dois astronautas americanos, e que pode ser vista ao vivo na NASA TV por volta do meio-dia.
Também está previsto, mas não confirmado, o lançamento de um foguetão Pegasus XL (que é libertado em altitude do avião que o leva até lá), que colocará em órbita um satélite da NASA, dedicado ao estudo da ionosfera terrestre. Este lançamento esteve previsto para 2017, e é feito pela empresa Orbital-ATK (que foi comprada pela Northrop Grumman). Terá lugar sobre o Pacífico.
Em 1963, a URSS procede ao lançamento da Vostok 5, com Bykovskiy a bordo. Apesar de se terem declarado vários pequenos problemas, o foguetão acaba por subir e colocar em órbita a cápsula. No mesmo dia, Valentina Tereshkova prepara-se para o seu voo, já que está previsto que as duas cápsulas se aproximem no espaço (embora a alguns km de distância).
Em 1965, os EUA lançam a Mariner 5, uma sonda que estudou Vénus ao passar junto ao planeta seis meses depois.
Em 1969, a URSS faz um derradeiro esforço para se antecipar à chegada americana à Lua, tentando enviar uma sonda capaz de recolher amostras de solo e as enviar para a Terra. O lançamento corre mal, e a sonda não chega sequer à órbita da Terra. O discurso oficial já declara que a URSS não está disposta a arriscar as vidas dos seus preciosos cosmonautas em missões que podem ser desempenhadas por engenhos automáticos. Estes acabarão por ter sucesso, mas os cosmonautas nunca deixarão a órbita terrestre.
Em 1975, é lançada a Venera 10 que aterrará em Vénus daí a uns meses (tal como a sua gémea Venera 9), e enviará imagens da superfície do planeta.
Em 2010 morreu Leonid Kizim, cosmonauta que fez parte da primeira tripulação que voou entre duas estações orbitais no mesmo voo (a Salyut 7 e a Mir).
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