Foi revelado o nascimento de buracos negros massivos no Universo primitivo
Nos primeiros tempos do Universo – quando este tinha menos de mil milhões de anos – algumas das suas estrelas transformaram-se em gigantescos buracos negros. Uma das questões fundamentais em astronomia tem sido: porque razão existem tantos buracos negros supermassivos no Universo primitivo?
Um novo estudo, financiado pela National Science Foundation da NASA, e também por fundos europeus, sugere que os buracos negros de grande massa se formam quando as galáxias se desenvolvem muito depressa. Para que uma galáxia se forme são precisas estrelas, que nascem de nuvens de gás, mas também uma substância invisível que tem o nome de matéria escura e que funciona como um agente de coesão para evitar que as estrelas se afastem da galáxia. Se a estrutura do “halo” de matéria escura crescer rapidamente nesta fase inicial, a formação de estrelas é asfixiada. Em contrapartida pode desenvolver-se um buraco negro massivo antes que a galáxia tome forma. Os buracos negros devoram o gás que de outro modo produziria novas estrelas, tornando-se cada vez maiores.
Os cientistas pensavam que a radiação poderosa vinda de outras galáxias pudesse silenciar a formação de estrelas nestas jovens regiões com enormes buracos negros. Mas as novas simulações sugerem que o rápido crescimento das galáxias é a chave para o crescimento dos buracos negros.
Um buraco negro é um objeto astronómico extremamente denso do qual nada pode escapar, nem mesmo a luz. Quando uma estrela explode numa supernova, pode deixar como resultado um buraco negro. Em alternativa, uma estrela supermassiva pode queimar rapidamente o seu combustível e transformar-se num buraco negro, sem necessariamente ocorrer uma explosão. Os cientistas dizem que é assim que muitos buracos negros massivos se formam em protogaláxias de desenvolvimento rápido.
Visualização feita a partir da região “RarePeak” nas Simulações Renaissance, que segue a formação de 800 galáxias numa região superdensa do Universo quando este tinha apenas 270 milhões de anos. O azul e o vermelho indicam gás neutro (frio) e ionizado (quente). O branco mostra onde as galáxias estão a criar luz ultravioleta, aquecendo o gás intergaláctico circundante. Esta simulação foi realizada no supercomputador Blue Waters no National Center for Supercomputing Applications (NCSA). Céditos: J. H. Wise (Georgia Tech), B. W. O’Shea (Michigan State), M. L. Norman (UCSD), H. Xu (UCSD).
O estudo com base em simulações, publicado a 23 de janeiro na revista Nature, também descobriu que os buracos negros massivos são muito mais comuns no Universo do que se pensava.
Fonte da notícia: NASA
Mais informação em: GeorgiaTech
Quando a nuvem original é muito grande, mas muito grtande mesmo sua fornada é um imenso buraco negro e seus restos formam a galáxia. Simples assim.