25 Janeiro 2019
O IRAS foi um telescópio espacial dedicado à observação do céu na banda do infravermelho. Foi lançado em 1983 e realizou inúmeras descobertas, entre as quais alguns cometas e asteróides. O hélio líquido que o arrefecia esgotou-se ao fim de alguns meses, terminando a missão.
Em 1994, foi lançada a sonda Clementine, que esteve em órbita lunar, a estudar a mineralogia do satélite – revelou a presença de água nas regiões polares. Foi um regresso americano ao estudo da Lua, ao fim de duas décadas. O plano era que depois fosse visitar um asteróide, mas um problema na sonda impediu que isso acontecesse.
Dez anos depois, em 2004, o rover Opportunity chegava à superfície de Marte. Aterrou em Meridiani Planum, uma vasta planície, numa área onde se tinha detectado a presença de hematite – as famosas “bagas”. Ao fim de quinze anos, o rover ainda não foi oficialmente declarado “morto”, mas as esperanças são muito ténues – de qualquer forma, para uma missão que tinha uma duração prevista de três meses, não esteve mal: percorreu mais de 45 km na paisagem do planeta vermelho.
Um artigo científico muito recente afirma que, numa das amostras de rochas lunares que foram trazidas para a Terra pela missão Apollo 14, foi encontrado um fragmento bizarro, que – na interpretação dos autores – teve origem na Terra. Seria assim um testemunho de uma muito antiga época terrestre, em que os impactos foram muito mais frequentes e em que a Lua estava mais próxima da Terra. A conclusão não deixará de provocar controvérsia.
E o telescópio espacial James Webb vai ao que parece receber a verba solicitada pela NASA para este ano, mas a paciência dos politicos parece estar a esgotar-se, dados os inúmeros atrasos e “derrapagens” financeiras. Também há verbas para o Lunar Gateway e para a missão a Europa, mas com algumas exigências, habituais nestas coisas…
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