21 Dezembro 2018
Solstício: eis que chega o Inverno ao hemisfério norte (e o verão, para quem nos lê no hemisfério sul). Começa às 22.23 (hora de Lisboa). Os habituais três meses de frio, chuva, nevoeiro… ops, esperem, isso já começou antes. Enfim, o nosso belo planeta continua na sua inexorável viagem em torno da estrela que lhe dá (boa parte do) calor. Está na parte da órbita em que está mais perto do Sol, num plano “superior” (o que faz com que o Sol esteja a sul no céu terrestre), e agora vai mergulhar para o “sul” do Sistema Solar.
O primeiro satélite meteorológico capaz de transmitir imagens em tempo real para a Terra foi lançado em 1963. Era o Tiros 8.
Em 1966 foi lançada a Luna 13, parte do programa de exploração lunar soviético. Dias depois, tornou-se a terceira sonda a aterrar suavemente na superfície da Lua.
Há cinquenta anos era lançada a missão Apollo 8 – a primeira viagem tripulada que rodeou a Lua antes de regressar à Terra. Os ocupantes eram Frank Borman, Jim Lovell e Bill Anders. Foi um arriscado teste de todo o sistema (a primeira vez que o foguetão Saturno V foi usado para lançar uma cápsula tripulada), e um passo decisivo para que a NASA cumprisse o desígnio de levar astronautas à Lua (e trazê-los de volta em segurança) antes do fim da década, como fora pedido pelo presidente Kennedy anos antes. Foi também o momento em que os soviéticos ficaram sem quaisquer dúvidas sobre a derrota na corrida lunar.
Dez anos depois, a Venera 12 aterrava em Vénus. Enviou dados durante quase duas horas (provavelmente a sonda resistiu mais tempo, mas o módulo de voo passou para lá do horizonte e deixou de receber dados. As câmaras que a sonda levava não funcionaram, porque as tampas das lentes não se soltaram…
Dez anos mais tarde, em 1988, a URSS lançava a VeGa 2, com o mesmo programa que a sua gémea com o número 1: deixar um balão e um modulo de aterragem em Vénus, e continuara a caminho do cometa Halley. Também nesse dia, Titov e Marinov, cosmonautas, regressaram à Terra depois de passarem um ano a bordo da Mir, em órbita – à altura, o recorde de duração para uma missão espacial.
E há três anos, a Space X conseguia uma estreia fantástica: o primeiro andar do seu foguetão Falcon 9 regressou ao solo e aterrou de forma controlada.
Entretanto, em Marte, o sismómetro da InSIGHT já foi colocado sobre o solo, a cerca de 1.5 m do corpo da sonda – ou seja, à distância a que o braço robótico conseguiu depositá-lo. E na Terra, numa região de Marrocos com algumas afinidades marcianas, decorreu um teste de vários rovers europeus capazes de planear o trajecto a seguir por si mesmos… a pensar no futuro.
Quanto à tal chuva de lançamentos de há dois dias… nem Falcon, nem Delta, nem New Shepard. Todos eles ainda estão à espera de nova ocasião para partir para o espaço. No caso da Space X é para amanhã, no caso da ULA mais para o fim do ano, e no da Blue Origin só em 2019.
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