Já lá vão 115 anos. Numa praia da Carolina do Norte, EUA, Orville Wright realizou o primeiro voo motorizado de uma máquina mais pesada do que o ar com asas fixas. A Humanidade alcançava por fim o sonho do voo. É verdade que os irmãos Wright usaram muitas vezes uma catapulta para auxiliar a sua máquina a elevar-se no ar, mas nem sempre. E sim, Santos-Dumont nunca usou tais dispositivos, e fez demonstrações públicas de voo, e é um nome incontornável nos primórdios da aviação, mas não foi o primeiro.

Em 1958, 55 anos depois de 1903, foi publicamente anunciado pelos EUA o projecto Mercury – a Humanidade preparava-se para deixar a atmosfera da Terra.  Pouco mais de dez anos depois, a Lua estava prestes a ser conquistada. Sessenta anos depois, fala-se numa reconquista lunar – para daqui a uns tempos. Claramente, houve aqui qualquer coisa que se quebrou…

Não que tenha havido falta de missões automáticas à Lua. Em 2012, as duas sondas da missão GRAIL, que tinham passado quase um ano a estudar a estrutura interna da Lua graças à medição precisa do seu campo gravítico, terminaram o seu trabalho. A Ebb e a Flow (designações relativas às marés nos oceanos terrestres) foram enviadas contra a superfície lunar. O impacto foi observado pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.

Em 2003, a SpaceShip One da Scaled Composites realizou o primeiro voo com os motores a funcionar. A altitude não passou dos 21 km. Estávamos ainda a anos da Virgin Galactic, e o objectivo era competir (e triunfar) no X-Prize, competição patrocinada pela Ansari para a primeira nave privada a alcançar o espaço.

Hoje, em Lisboa, no IST, começa um Workshop sobre Buracos Negros – mais um numa série que já começou há vários anos.

E no céu sobre a Terra continua o cometa Wirtanen. Dizem-nos que é visível a olho nu… Mas só num sítio com céus bem escuros e uma vista apurada.

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