22 Outubro 2018
As coisas continuam calmas na actualidade espacial. E assim, mais uma vez, vamos ver o que se passou neste dia ao longo de tempos passados.
Quem já ouviu falar de Ernst Öpik? Nasceu em 1893 na Estónia, trabalhou muito tempo no Observatório de Armagh, na Irlanda (do Norte). Estudou estrelas, cometas, meteoros, a origem da Lua… e publicou alguns artigos precoces sobre utilização de crateras para datar superficies planetárias. Um nome a nunca esquecer na história da Astronomia planetária.
Avancemos para 1965. Neste dia a NASA anunciou a selecção de dez áreas da superfície lunar para exame detalhado pelas câmaras das sondas Lunar Orbiter, em preparação das missões Surveyor e, depois, Apollo. Ao mesmo tempo, na URSS, Gagarin, Leonov, Titov e outros cosmonautas dirigiam uma missiva a Brezhnev, onde salientavam a perda de liderança mundial, a péssima organização do esforço espacial soviético, e a pouca importância dada aos voos tripulados.
Em 1968, regressava à Terra a Apollo 7, depois de vários dias em órbita a testar sistemas. Apesar do sucesso, os três astronautas (Cunningham, Eisele e Schirra), que adoeceram durante a viagem, tiveram um comportamento julgado inadequado, e foi determinado que não voltariam ao espaço. Curiosamente, quando amararam, a cápsula ficou durante algum tempo em posição invertida.
Em 1975, o modulo de superfície da Venera 9 aterrou em Vénus. Foi a primeira missão a enviar imagens da superfície de outro planeta. Depois de atravessar a atmosfera, e medir composição, temperatura e pressão, enviou dados ao longo de 53 minutos (até que o módulo orbital passou para lá do horizonte). A imagem obtida devia cobrir 360º, mas as protecções de duas câmaras não se soltaram. Muitos anos depois, esta primeira imagem da superfície venusiana foi reprocessada, oferecendo uma geometria mais natural.
Um grande salto para a frente, e chegamos a 2008, altura em que foi lançada a Chandrayaan 1, a primeira sonda lunar da Índia, por um foguetão (o PSLV) também indiano. Transportava um pequeno módulo que foi enviado para embater no terreno (fazendo do país o quarto a colocar a sua bandeira na Lua). Esteve em operação, a cartografar a superfície lunar, até Agosto de 2009.
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