Em 2004, o então presidente dos EUA, George Bush (filho) anunciava a sua iniciativa Vision for Space Exploratiom. Abandono do space shuttle, desenvolvimento de lançadores pesados (a família Ares), de uma cápsula (que acabou por se tornar a Orion), regresso à Lua em 2020… chegada a Marte no futuro. Bem, os EUA abandonaram de facto o space shuttle. Quanto ao resto… há planos. Como sempre. A vontade política e o dinheiro é que é mais difícil…

Há catorze anos, a sonda Huygens chegava à superfície de Titã, o maior satélite de Saturno. Foi um momento fantástico – uma aterragem no Sistema Solar exterior! – que foi acompanhado em “directo” (Titã fica longe da Terra…) pelo NUCLIO no (então) Instituto Geográfico do Exército. Recordo perfeitamente o entusiasmo de ver a paisagem alienígena pela primeira vez. Havia a possibilidade de a sonda pousar numa superfície líquida, mas tal não sucedeu, embora o terreno tenha depois sido considerado como uma planície sujeita a inundações… de hidrocarbonetos. A Huygens era (é) uma sonda europeia que chegou ao seu objectivo em companhia da Cassini, que passou vários anos a estudar Saturno e os seus satélites.

Em 2008, a sonda MESSENGER fazia a sua primeira aproximação a Mercúrio. Faria ainda mais duas antes de entrar em órbita do menor e mais interior planeta do Sistema Solar, em 2011.

Ontem, uma cápsula Dragon de carga deixou a ISS e regressou à Terra; amarou no Pacífico, e foi recuperada por um dos navios da Space X. A companhia anunciou entretanto que vai reduzir a sua força de trabalho em 10%… Convém não esquecer que se trata de uma companhia comercial – a visão de Elon Musk não deixa de ter imperativos financeiros por trás. E se a Tesla vai abrir uma fábrica na China, bem… quem sabe o que se poderá seguir?

Entretanto, na Rússia, foi decidido que a montagem das Soyuz passa a ser permanentemente acompanhada por video-vigilância… resultados do famoso buraco encontrado numa cápsula quando estava acoplada à ISS.

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