1 Janeiro 2019
E eis que chegou um novo ano. A Terra completou mais uma órbita e prossegue o seu caminho.O comportamento da Humanidade também segue o mesmo – apesar das resoluções de ano novo. Há gente boa e má, inteligente e idiota, rica e pobre. E até podemos arriscar algumas previsões para 2019 (temos uma barraquinha de astrologia logo ao virar da esquina…). Então:
Vai morrer gente importante e comnhecida; vai nascer gente que será importante e conhecida daqui a umas décadas. Vão ocorrer sismos, erupções, incêndios, tempestades e furacões. Em Portugal, todos os partidos políticos reclamarão vitória nas eleições. Não é um negócio complicado, este das previsões.
Complicado é levar uma sonda pelo espaço fora, ao encontro de um minúsculo pedaço de matéria, algures na cintura de Kuiper. Mas foi isso que foi feito – neste momento, a New Horizons conduz as suas observações do 2014 MU69, informalmente designado Ultima Thule. A distância à Terra é tão grande que são precisas várias horas para que a informação nos chegue – só para amanhã está prevista a divulgação de imagens. Cabe aqui mais uma previsão: teremos surpresas.
Como a que teve Piazzi no primeiro dia do século XIX. A 1 de Janeiro de 180, o astrónomo italiano descobriu o que foi então tido como o quinto planeta (por ordem a partir do Sol) do Sistema Solar, e que confirmava a regra de Titius-Bode sobre as distâncias progressivas dos planetas à sua estrela. Recebeu o nome de Ceres. Passou de planeta a asteróide, e há uns anos passou a ser também considerado um planeta-anão. E recebeu a visita da sonda Dawn, que terminou a sua missão há pouco tempo.
Mas há outras missões em actividade – como a OSIRIS-Rex, que entrou agora em órbita do asteróide Bennu – uma órbita a cerca de 1.5 km do objecto, o que é um recorde para a órbita mais “baixa” de sempre.
E na Lua, a sonda chinesa Chang’e 4 prepara-se para a sua histórica aterragem no lado distante do nosso satélite.
Em 1949 entrou em produção um filme que ficou na história devido às suas credenciais “realistas”: Destination Moon. O autor de FC Robert Heinlein colaborou no argumento, que retrata uma missão privada de exploração lunar.
Em 1961, um grupo de 13 mulheres americanas foi seleccionado; todas elas tinham cumprido os mesmos testes que os astronautas masculinos, e estavam em condições de receber treino para missões espaciais – mas não eram pilotos de teste, e a NASA nunca lhes deu estatuto oficial, e elas nunca viajaram ao espaço. Anos depois, em 1980, a URSS seleccionou duas mulheres para voos espaciais, de forma a estar preparade para conseguir mais algumas estreias: primeiro passeio espacial, primeira tripulação exclusivamente feminina. Avancemos (em mais do que um plano): este ano terá lugar em Moscovo mais uma simulação de missão espacial de longa duração; a tripulação de seis deverá contar com pelo menos dois, talvez três, elementos do sexo feminino.
Na Índia, foram aprovados planos (e atribuídos recursos financeiros) para preparar uma primeira missão espacial tripulada. Prevista para 2022.
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