Crédito: R. Williams (STScI), NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
Em Dezembro de 1995, o telescópio espacial Hubble apontou na direcção da constelação da Ursa Maior, para uma pequena área do céu aparentemente desprovida de qualquer objecto luminoso. A composição de 342 exposições obtidas durante 10 dias consecutivos resultou nesta fabulosa imagem, uma espécie de buraco na fechadura para o horizonte visível do Universo. Este campo ganhou o nome de Campo Profundo Norte do Hubble (em inglês,
Hubble Deep Field North), em que o termo profundo alude à grande distância e limite de brilho alcançado pelo telescópio. Embora seja muito pequeno, este campo é representativo da típica distribuição das galáxias no espaço porque o Universo, estatisticamente, é muito semelhante em qualquer direcção. Neste pequeno campo, identificaram-se pelo menos 1500 galáxias em vários estágios de evolução, e a maioria nunca antes tinha sido detectada. Uma fracção desta amostra de galáxias data dos tempos em que o Universo era jovem, pois estamos a vê-las como eram há mais de 10 mil milhões de anos. As observações foram precedidas por um ano de preparação e a relevância científica é tal que os dados foram postos de imediato à disposição da comunidade científica mundial, para que esta se possa dedicar à investigação, principalmente em áreas relativas à formação de galáxias e à estrutura e evolução do Universo.
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