Os astrónomos estão constantemente a fazer novas descobertas. Por vezes, essas descobertas levam os cientistas a concluir que têm que alterar aquilo que pensavam saber de certeza!

Mais longe do que se pensava

Usando o telescópio Gemini North, uma equipa internacional de astrónomos descobriu que CK Vulpeculae está aproximadamente cinco vezes mais distante do Sistema Solar do que se pensava anteriormente! A CK Vulpeculae foi vista pela primeira vez como uma nova estrela que surgiu no céu em 1670. Esta descoberta permite concluir que a explosão de 1670 foi muito mais energética do que aquilo que os cientistas pensavam até agora.

A enigmática nebulosa CK Vulpeculae. Uma equipa de astrónomos mediu as velocidades e mudanças de posição dos dois pequenos arcos avermelhados a cerca de 1/4 da altura acima e abaixo dos limites da imagem para ajudar a determinar que a nebulosa se está a expandir cinco vezes mais depressa do que se pensava anteriormente.
Imagem: International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA. Processamento: Travis Rector (University of Alaska Anchorage), Jen Miller (Gemini Observatory/NSF’s NOIRLab), Mahdi Zamani & Davide de Martin

Isto levanta muitas novas questões sobre o género de explosão que ocorreu. Os astrónomos pensam que foi demasiado fraca para ter sido uma supernova, que é uma enorme explosão que acontece quando uma estrela maciça chega ao fim da vida.

Desvio para o vermelho, desvio para o azul

Para perceber melhor a que distância está realmente este objeto, os astrónomos avaliaram um fator chamado “desvio para o vermelho” dos átomos da nebulosa, e descobriram que o objeto se está a expandir mais depressa do que pensavam. Tal como a sirene de uma ambulância muda de tom, dependendo de o veículo se estar a aproximar ou a afastar de nós, os objetos no espaço mudam de cor conforme se estão a aproximar ou a afastar do observador (ou seja, do telescópio). Os objetos que se estão a afastar tornam-se mais avermelhados (o que é conhecido como desvio para o vermelho) e os objetos que se aproximam tornam-se mais azulados (desvio para o azul).

Facto curioso: Quando o monge francês Anthelme Voituret viu esta estrela surgir a brilhar  no céu há mais de 350 anos, reparou que ela era quase tão brihante como a Estrela Polar! Foi acompanhada por alguns dos mais importantes astrónomos da época até desaparecer de vista ao fim de um ano.

Este Space Scoop baseia-se num Comunicado de Imprensa do NOIRLab

Space Scoop original (em inglês):

http://www.spacescoop.org/en/scoops/2045/blast-from-the-past/

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