Hoje vai ter lugar uma nova EVA na ISS. A tal que era suposto ser conduzida por duas astronautas, e que por isso tinha sido muito esperada. Pessoalmente, se por um lado percebo o entusiasmo, por outro penso que essa circunstância deve apenas ser encarada como normal – o género dos participantes não me interessa. De qualquer forma, a alteração da equipa levantou por sua vez enorme celeuma, por causa da questão do tamanho do fato. Houve comentários idiotas e depreciativos, para a astronauta em causa, para a NASA, enfim. É preciso perceber que uma EVA não é ir ao supermercado da esquina. Uma astronauta vai passar várias horas num ambiente hostil, e convém que a carapaça que a protege seja adequada e confortável. É só isso. Já agora, a saída para o espaço pode ser seguida ao vivo na NASA TV. Vai levar muitas horas.

Está também previsto o lançamento de um Soyuz da Arianespace a partir de Kourou, na Guiana francesa. Levará para órbita quatro satélites de comunicações da constelação O3b.

Foi recentemente descoberto um anel de poeiras na órbita de Mercúrio; surpreendente, dada a proximidade do Sol – mas semelhante ao que acontece nas órbitas de Vénus e da Terra. No caso de Vénus, porém, a origem desse anel pode ser uma família de asteróides ainda por encontrar, algures na órbita da “estrela da manhã”. Quem acha que sabemos tudo sobre o Sistema Solar?

E mais novidades recentes: um estudo aprofundado das redes fluviais secas em Marte aponta para a conclusão de que esses rios correram durante bastante mais tempo do que é geralmente tido como certo. Bom, vamos lá repetir: não há testemunhas; só podemos observar (neste caso, de longe), tentar perceber o que nos dizem as rochas e as formas do terreno, interpretar (e neste ponto intervêm as nossas ideias prévias e aquilo a que escolhemos dar maior relevância) e apresentar as conclusões. Na ciência, estas nunca podem ser tidas como definitivas. Quem acha que sabe tudo sobre a história de Marte?

1807: O astrónomo alemão Heinrich Olbers descobriu o asteróide Vesta. Na altura, tanto este como Pallas (são o segundo e terceiro maiores objectos da Cintura de Asteróides), que o mesmo Olbers tinha descoberto cinco anos e um dia antes, foram considerados como planetas. Só mais tarde foi criado o termo asteróide.

1974: A sonda Mariner 10 fez a sua primeira aproximação a Mercúrio (faria ainda outras duas). Passou a 703 km da superfície do mais interior dos planetas, mas pela face envolvida pela escuridão da longa noite mercuriana. As imagens que mostram o planeta foram por isso obtidas mais cedo ou mais tarde. O aspecto da superfície é semelhante ao da Lua, fortemente craterizado.

Ainda a tempo: o primeiro lançamento privado chinês não teve sucesso: o foguetão subiu, mas as coisas deixaram de correr bem ao fim de pouco tempo, e o engenho não conseguiu alcançar o espaço e deixar em órbita o micro-satélite que levava a bordo.

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