A Space X conseguiu finalmente lançar o Falcon 9 com o satélite da constelação GPS. Desta vez não houve regresso e aterragem do primeiro andar do foguetão.

Não há muito mais a acontecer por estes dias – fiquemos então pela história.

Em 1968, a Apollo 8 entrava em órbita lunar. Esta foi a primeira missão a levar seres humanos até à região lunar. Foi também apenas a segunda missão tripulada do programa… Eram outros tempos, e havia um propósito claro, o de alcançar a Lua antes dos soviéticos. Todos os riscos eram vistos como aceitáveis, mas sobretudo havia confiança na capacidade tecnológica e científica transposta para os veículos construídos para estas missões. Ao contrário do que se ouve por vezes dizer, o Saturno V não estava sobredimensionado para as viagens lunares – claro que poderia ter sido usado numa missão a Marte, mas não como propulsor directo.

Na mesma noite, na Terra, alguns cosmonautas soviéticos envolvidos em treinos para um voo próximo reflectiam amargamente na perda da corrida lunar, grandemente devida a questões de falta de empenho politico e lutas internas, com constantes indecisões. Diz a história que fizeram parar o autocarro em que seguiam e foram contemplar a Lua, orbitada pelos americanos, e lembrar os camaradas caídos na tentativa de vencer aquela corrida. Na Lua (ou perto dela), a tripulação americana passava o Natal no espaço profundo, e fazia uma leitura de um trecho bíblico em directo para toda a América…

Dez anos depois, a Venera 11 soviética aterrava em Vénus. Apesar do sucesso da descida, também esta sonda não conseguiu enviar imagens da paisagem em redor.

E em 1979, o foguetão Ariane da ESA realizava o seu primeiro voo, colocando em órbita um simulador de satélite (na realidade, uma plataforma com instrumentos que tinham medido vários parâmetros da subida). Anos mais tarde, este foguetão lançou a sonda Giotto ao encontro do cometa Halley.

Em Marte, o rover Opportunity continua sem dar sinal de vida. Não que esteja enterrado até às orelhas em areia marciana (nenhuma tempestade marciana deposita assim tanto material), mas a falta de energia afectou seriamente vários sistemas, com toda a certeza. Mais cedo ou mais tarde será pronunciada a “morte” desta magnífica máquina.

Entretanto, a China criou um simulador de base marciana no deserto de Gobi. Ao que parece, os primeiros habitantes foram celebridades locais, envolvidos num reality show largamente difundido. Nada mais a dizer, apenas que um longo caminho se faz de pequenos passos…

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