No céu, temos hoje uma oportunidade de observação a olho nu: uma aproximação entre a Lua e Vénus, antes do nascer do Sol. É preciso olhar para nascente, claro.

É hoje que a sonda Parker faz a sua primeira passagem pelo periélio da sua órbita solar. A sonda passará a cerca de vinte e cinco milhões de km da nossa estrela, numa missão que ainda durará vários anos, durante os quais se estabelecerão diversos recordes – e se aprenderá muito sobre o Sol, e se levantarão muitas novas questões.

Entretanto, a missão OSIRIS-Rex prossegue a sua aproximação ao alvo, o asteróide Bennu. Talvez por ter um nome que rima com o Ryugu (asteróide a receber a visita da sonda japonesa Hayabusa 2), este asteróide tem uma forma semelhante… embora tenha apenas metade do tamanho do outro. Em ambos os casos, o objectivo é recolher amostras do rególito dos objectos e trazê-las de volta à Terra.

A Rússia fez o anúncio de que tenciona proceder, no próximo ano, a mais de 35 lançamentos espaciais – cerca do dobro dos que ocorreram este ano.

Cinco anos atrás, a Índia lançava a sua primeira mssão interplanetária, ao enviar uma sonda para estudar Marte. A Mangalyaan (ou Mars Orbiter Mission, MOM) está em órbita do planeta vermelho desde Setembro de 2014.

Em 1964, outra sonda, esta americana, partiu a caminho de Marte, mas não alcançou o planeta. A Mariner 3, gémea da 4, foi lançada com êxito, mas ao fim de oito horas a mssão terminou – parte da carenagem da sonda não foi ejectada, e as baterias esgotaram-se. Marte continuava a revelar-se um alvo complicado.

Em 1906, nascia Fred Whipple, astrónomo que criou o conceito de “bola de neve suja” para descrever os cometas, e que desenhou também um escudo para proteger sondas de impactos de pequenos meteoróides no espaço profundo. Foi também um divulgador empenhado, sobretudo nas décadas de 60 e 70. Faleceu em 2004.

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