Hoje completam-se 18 anos de ocupação continua da ISS, e portanto de presença humana ininterrupta na órbita baixa da Terra. Foi a 2 de Novembro de 2000 que os primeiros tripulantes chegaram à estação, cuja construção tinha começado dois anos antes.

Outras expressões da curiosidade humana materializadas em engenhos automáticos que partiram à exploração do Sistema Solar e do Universo estão sujeitos à inexorável passagem do tempo. As peças desgastam-se, os combustíveis esgotam-se. E assim, depois dos problemas do Hubble e do fim esperado do Kepler, foi também a vez da sonda Dawn, em órbita do asteróide e planeta-anão Ceres, deixar de contactar a Terra. Foi uma missão longa, que pela primeira vez orbitou um objecto (Vesta) e depois partiu para orbitar outro, que forneceu uma torrente de dados sobre dois dos maiores asteróides da Cintura Principal. Além disso, não podemos esquecer que em Marte o Opportunity se mantém em silêncio, e que o mais provável é que assim se mantenha para sempre. É o ciclo da vida, aplicado às extensões dos nossos sentidos; a aventura prossegue, a renovação continua.

Mas nem sempre da melhor forma. O Secretário da Defesa dos EUA anunciou que o país tenciona passar “à ofensiva” na questão das armas no espaço. Por enquanto tudo está na fase de desenhar planos, mas a criação do Comando do Espaço não augura nada de bom.

Entretanto, um estudo recém-publicado defende que na região nordeste de Hellas (a maior bacia de impacto de Marte, no hemisfério sul) existem inúmeros traços de antigos lagos, provavelmente de curta duração mas presentes ao longo de grande parte da história do planeta. O que aponta para uma conclusão lógica mas que parece às vezes difícil de ser entendida: um planeta exibe diversas condições ambientais em áreas distintas – nem tudo é igual, na Terra ou em Marte.

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