Asteróides para hoje: o 20403 Attenborough, descoberto em 1998, homenageia os irmãos com o mesmo nome: o naturalista e estrela de documentários David, e o actor (e realizador) Richard; está hoje a 2.222 UA da Terra; e o 4660 Nereus, encontrado em 1982, um Apollo que passa a 1.743 UA de nós, cujo nome resultou de uma competição organizada pela Planetary Society – Nereus era um antigo deus grego, algo semelhante a Poseidon; além disso, é um asteróide potencialmente perigoso e um alvo apetecível para missões espaciais – a sonda japonesa Hayabusa teve-o como destino antes do lançamento sofrer atrasos que acabaram por o levar a outro asteróide.

Por volta da hora do almoço, quem quiser poderá assistir ao vivo (pela NASA TV, como habitual) à chegada da Soyuz à ISS.

Na nossa habitual visita ao passado, comecemos por conversas e planos: em 1927, o francês Esnault-Pelterie profere uma palestra sobre viagens espaciais na Societe Astronomique de Paris, que desperta o interesse de outros, que se vão dedicar ao desenvolvimento de foguetões em França. Em 1937, nasce Bruce McCandless, que muitos anos mais tarde vai ser o primeiro astronauta a fazer um passeio espacial autónomo.

Em 1959, von Braun apresenta um relatório que sugere a utilização de andares de foguetão esgotados como estruturas para criar estações espaciais; além disso, propõe a chegada à Lua para 1965, e uma base operacional no satélite em 1966…

Em 1965, a URSS lança a Luna 6, numa tentativa de proceder a uma aterragem suave na superfície lunar – mas as coisas correm mal, e a sonda passa longe da Lua; apesar disso, todas as operações são conduzidas de forma normal, à laia de ensaio. Em 1971, a tripulação da Soyuz 11 ocupa finalmente a Salyut 1, tornando-a a primeira estação orbital ocupada na história da exploração do espaço.

Em 1975 foi lançada a sonda soviética Venera 9, que uns meses depois aterrou suavemente em Vénus e enviou imagens da infernal superfície do planeta gémeo da Terra. Era suposto obter um panorama completo ao redor da sonda, mas a tampa de uma das càmaras não se soltou.

Voltando à actualidade, a Breakthrough Starshot, o plano para enviar uma micro-sonda à estrela mais próxima do Sol, a Proxima do Centauro, vai dando os seus passos: foi emitido um pedido de propostas para a criação da vela que será o alvo do impulso laser que permitirá acelerar a sonda até 20% da velocidade da luz, tornando a viagem realizável em cerca de 20 anos…

Ao mesmo tempo, o ambiente em torno das outras duas estrelas do sistema (Alfa do Centauro A e B) continua a ser estudado – embora ainda não tenham sido confirmada a existência de planetas em órbita dessas estrelas, foi concluído que esses eventuais planetas náo sáo bombardeados com doses de radiação perigosas.

Ontem foram publicados dois artigos na Science que levaram a um anúncio público da NASA. Um refere a descoberta de moléculas orgânicas em Marte; apesar do entusiasmo, não é propriamente nenhuma bomba: há moléculas orgânicas por todo o lado no espaço. O outro, menos referido, parece mais interessante: fala do metano, um gás já antes detectado em Marte, mas cujas observações tinham um carácter dúbio; agora foi comprovado que os teores de metano na atmosfera de Marte variam de forma cíclica; quanto à sua origem, continua a ser um mistério – que a sonda europeia Trace Gas Orbiter pode ajudar a resolver, já que começou a investigar precisamente a composição e dinâmica da atmosfera marciana.

Por fim, é de referir que hoje é o Dia Mundial dos Oceanos, uma celebração reconhecida pela ONU. O foco para este ano é a poluição por plásticos que afecta os oceanos, mares, lagos e rios deste planeta, por enquanto a nossa única casa.

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