Com desculpas pela ausência de ontem, comecemos com o tema do costume: asteróides. Hoje referimos o 4342 Freud, descoberto em 1987; nada há a temer, ninguém vai ser psicanalisado, nem mesmo se se deitar no sofá para fazer uma sesta. E também o 1997 Leverrier, este identificado em 1963, e que homenageia o matemático francês do século XIX que previu a existência e posição de Neptuno a partir das perturbações da órbita de Úrano (proeza que divide com o inglês John Couch Adams); além disso, Le Verrier também foi o primeiro a notar que a precessão de Mercúrio não podia ser explicada pela mecânica newtoniana – sugeriu também neste caso a existência de um planeta desconhecido, que recebeu o nome de Vulcano, e que foi procurado… e nunca confirmado.

Não é um asteróide; quer dizer, não está neste momento classificado nessa categoria, mas… Haumea, o estranho objecto em forma de ovo, que é considerado um planeta-anão, está hoje em oposição – ou seja, está alinhado com a Terra e o Sol, com a Terra no meio. Não sabemos muito sobre ele: para lá da sua forma bizarra, tem dois satélites (Hi’iaka e Namaka; todos os nomes provêm da mitologia hawaiana) e mais uma série de pequenos objectos que partilham a mesma órbita – talvez restos de um impacto que lhe deu a forma actual.

Entre ontem e hoje, a United Launch Alliance (um consórcio de companhias reunidas para proceder a lançamentos de satélites) deverá lançar uma missão para a Força Aérea dos EUA, utilizando para isso um Atlas 5.

E agora é altura de voltarmos atrás no tempo. Em 1943, Churchill é informado de que os alemães estão a desenvolver foguetões de longo alcance, para serem usados como armas: a V2.

Em 1960, a URSS lança mais uma sonda com o objectivo de alcançar a Lua, a Luna 1960A; mas não teve impulso suficiente: chegou aos 200000 km de altitude… e voltou para trás (porém, os soviéticos já tinham chegado à Lua antes). Por seu lado, os americanos lançam o Discoverer 11, um satélite militar para vigilância… mas a missão também corre mal.

Em 1965, é realizado (na Terra) o primeiro teste do andar de ascensão do módulo lunar. No mesmo dia, na URSS é criado o programa Interkosmos, para levar ao espaço cosmonautas de nações amigas da URSS.

Em 1966, há discussões na NASA sobre o futuro das missões tripuladas, e é apontada a necessidade de almejar novos objectivos, como uma descida em Marte. Cinquenta e dois anos depois, parece que quem achava que não havia um objectivo para lá da Lua tinha toda a razão… Em 1970, a Apollo 13 passava por trás da Lua, na trajectória remediada que havia de trazer a tripulação de volta a casa em segurança. Estabeleceram o recorde de distância à Terra para uma missão tripulada (401056 km).

Em 1971, a Salyut 1, primeira estação orbital, está pronta para o lançamento. Responsáveis soviéticos garantem aos cosmonautas que o foguetão lunar, o N1/L3 estará pronto em breve. Nunca aconteceu…

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