Hoje é um daqueles dias sem grandes motivos de conversa. Mas há sempre algo a referir.

Comecemos pelos asteróides: hoje são de mencionar o 9252 Goddard, descoberto em 1960, e que homenageia um dos grandes pioneiros da experimentação com foguetões, na pré-história da exploração espacial; o 784 Pickeringia, descoberto em 1914 (sobre o nome, nenhuma ideia…); e o 4763 Ride, encontrado em 1983 (baptizado em honra da primeira astronauta americana, Sally Ride, falecida em 2012).

Há 80 anos, caiu um meteorito no Japão… nada de espantar, mas este foi um daqueles casos raros em que a pedra espacial atingiu uma habitação. Aconteceu em Kasamatsu, numa loja, e fez um buraco nas telhas; para lá do ruído, não houve fenómenos luminosos a acompanhar a queda – uma indicação da baixa velocidade do impacto. Não se formou qualquer cratera, evidentemente. Ao que parece, o proprietário criou um pequeno santuário onde expunha a rocha (de menos de 1 kg), e os vistantes não faltaram.

Hoje é também dia de lua cheia, a segunda do mês, e por isso designada pelos anglófonos como “blue moon”. Esta expressão não tem nada a ver com a cor da Lua – ela não vai ter qualquer aspecto azulado. Isso pode acontecer, de facto, mas em circunstâncias especiais, como na presença numerosa de partículas de dimensão diminuta na atmosfera – e nesse caso não se verifica apenas na lua cheia. Além disso, a origem da expressão é também debatida, mas parece não se ter aplicado originalmente à segunda lua cheia de um mês de calendário, e sim a uma lua cheia supranumerária numa estação do ano (que tem normalmente três). Enfim, mais um exemplo de termos que se tornam comuns e ganham sentidos enganatórios.

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