2 Out.- 8 Out 2015 (Portugal)

Diz o provérbio “Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”. Astrónomos e amigos das estrelas costumam passar noites inteiras acordados sob as estrelas, mas, felizmente, não há evidencias estatisticamente relevantes que a maioria deles seja de estatura baixa ou propensa de sucumbir ao primeiro agente patogénico com que se cruzam. Ainda bem!

Vale a pena levantar-se cedo nas próximas semanas, pelo menos de vez em quando, caso as circunstâncias da vida não obriguem a madrugar de qualquer modo. Basta olhar para leste, lá para onde o sol é suposto aparecer uma hora mais tarde, e deixar o céu fazer a sua magia (melhor hora para observar cerca às 6h – 6:30h).

Horizonte este, primeira semana de outubro, 1h antes do nascer do sol. Os pontos amarelos são, contados de cima, Vénus, Marte e Júpiter. Régulo (alfa Leonis) em azul claro fica por cima de Marte.
Horizonte este, primeira semana de outubro, 1h antes do nascer do sol. Os pontos amarelos são, contados de cima, Vénus, Marte e Júpiter. Régulo (alfa Leonis) em azul claro fica por cima de Marte.

À primeira vista e céu limpo assumido, uma fila de estrelas brilhantes ergue-se sobre o horizonte como um fio de pérolas dependurado e deixa a nítida impressão que isto não é uma configuração normal. Pois, normal não é.

Estas manhãs de outubro brindam curiosos, aficionados e desprevenidos com uma conjunção múltipla envolvendo três planetas e uma estrela.

Os primeiros dias (2-4 Out.) apresentam os planetas Vénus, Marte e Júpiter e a estrela principal do Leão, chamada Régulo, em intervalos quase equidistantes. Gradualmente, Vénus, no topo dessa fila, aproxima-se da estrela Régulo, com a qual terá um encontro muito próximo na madrugada da sexta-feira dia 8.

A partir do dia 8, o cenário aquece e um outro membro junta-se à conjunção em curso, enquanto Marte e Júpiter preparam um encontro realmente próximo no nosso céu para o dia 18.

Participe: Que tal fotografar esta dança dos planetas e o progresso da conjunção ao longo do mês? Recomenda-se que faça cada fotografia sempre em torno da mesma hora. Mesmo as câmaras de certos telemóveis podem conseguir imagens aceitáveis. (importa apoiar a câmara sobre algo firme, p.ex. muro, tejadilho do carro etc.).

Não esqueça captar uma parte do horizonte ou/e enquadrar um pouco da paisagem para dar expressão e comparação às suas fotos.

Partilhe: Envie as suas imagens processadas (máx. 1 por cada dia), indicando autor, local, data e hora da foto e câmara/objetiva/telemóvel utilizada para: s1541@astronomia.pt

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